segunda-feira, abril 14, 2008

Dinheiro, poder e sexo É velha como a história conhecida da espécie humana a relação entre dinheiro, poder e sexo. Com efeito, já na fase primitiva dos nossos antepassados recoletores e caçadores, os homens competiam entre si para ver quem recolhia a maior quantidade de “dinheiro” da altura (frutos e presas) para assim terem mais influência e melhor conquistarem as mulheres da tribo. Em fases civilizacionais mais avançadas, a posse de mais meios de troca (dinheiro ou mercadorias, incluindo os escravos e os servos da gleba) e, portanto, de mais riqueza, conduzia iniludivelmente a mais poder e ao desfrute de mais sexo. E na sociedade contemporânea, tal realidade mantêm-se. Recentemente, um estudo científico publicado no jornal, sujeito a revisão por pares, NeuroReport (acesso limitado a assinantes), no passado dia 26 de Março, concluiu que o sexo e o risco financeiro estão ligados à mesma área cerebral. Com efeito, imagens de ressonância magnética cerebrais revelaram que, quando a homens jovens eram mostradas imagens eróticas, eles eram mais propensos a fazer especulações financeiras mais ousadas do que quando lhes eram mostradas imagens aterradoras – como cobras – ou neutrais – como, por exemplo, um agrafador, e que as imagens excitantes iluminavam a mesma parte do cérebro que brilha quando se assumem riscos financeiros – o nucleus accumbens, que se situa próximo da base do cérebro e que tem um papel central naquilo que cada um sente como prazer. O estudo, conduzido por Camelia Kuhnen, professora de finanças na Northwestern University, em conjunto com o psicólogo de Stanford, Brian Knutson, e outros cientistas, foi realizado na Stanford University e envolveu 15 jovens heterossexuais do sexo masculino que fizeram mais de 50 apostas cada um durante as ressonâncias magnéticas. O facto de apenas terem sido observados homens ter-se-á devido a uma maior dificuldade em encontrar imagens eróticas que “entusiasmassem” tantas mulheres heterossexuais diferentes como acontece com os homens heterossexuais. Apesar da amostra algo reduzida, o estudo veio confirmar resultados anteriores. De qualquer modo, não deixa de ter piada imaginar que o Sílvio Berlusconi terá construído o seu império ao ver filmes pornográficos da Cicciolina, que o grande especulador George Soros terá feito fortuna a acompanhar as aventuras eróticas de Martina Navratilova com Judy Nelson, ou que Warren Buffet terá acumulado a sua imensa fortuna olhando para as fotografias ousadas de Marilyn Monroe. Já os novos bilionários do Google, do YouTube, do MySpace ou do Facebook, provavelmente tiveram as suas brilhantes ideias a verem e reverem o cruzar de pernas da Sharon Stone em Instinto Fatal. Dos portugueses, mais vale não fazer palpites. O único que ouso fazer é sobre o Berardo que, muito provavelmente, comprou em primeiro lugar as telas mais ousadas da sua colecção com os primeiros trocados, enriquecendo, depois, a olhar para elas.

2 comentários:

jrd disse...

Diria que se trata de um palpipe soft...

Anónimo disse...

ola amigo! passando para te ler
se quiseres passa por ca
bjo
carla granja