sábado, maio 23, 2009

Formiga Pequeno dragão doméstico. Cabeça grávida de hibisco. Rústico abdome- cogumelo. Escava o incerto dos dias, para a trilha vertical de farelo, fúria e folhas. Carrega seus mortos nas costas, com precisa geometria de fábrica fúnebre. Claudio Daniel* *poeta brasileiro

3 comentários:

jrd disse...

A formiga no carreiro vinha em sentido contrário...

Idaldina Martins Dias disse...

Também o saudoso Zeca se lembrou de escrever um poema usando a formiga com tema.

...A formiga no carreiro
Vinha em sentido diferente
Caíu à rua
No meio de toda a gente

...Virou-se pró formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro

...Furou furou à brava
Numa cova que ali estava

A formiga contínua a bulir, a cair e a furar mas não consegue mudar de rumo.

Um beijo
Idaldina

mdsol disse...

Não conhecia nem o poeta. Foi bom ler!
:))