quarta-feira, abril 08, 2009

O Grande Irmão Poder-se-ia pensar que a realidade do romance 1984 ainda era uma coisa distante, mas já há cientistas a trabalhar num sistema europeu de rastreio global de carros que afirmam que a tecnologia necessária para isso já faz parte da nossa vida diária, dado que o sistema utiliza as mesmas ligações dos telemóveis, da internete Wi-Fi e das etiquetas de segurança presas às roupas nas lojas. Um carro passará a estar sempre localizável através daqueles meios de comunicação, guardados num roteador por detrás do painel de instrumentos. Algo similar ao dispositivo da via verde, mas com um olho muito mais abrangente. O dispositivo emitirá uma mensagem “pulsar” a revelar a sua localização precisa, a velocidade e a direcção a todos os outros carros num raio de 400 metros. O “pulsar” pode enviar outras mensagens: assim, quando uma carro faz uma travagem forçada para evitar um obstáculo ou quando as rodas encontram um pavimento escorregadio, essa informação pode ser enviada para outros condutores que se encontrem na zona. O pagamento automático de portagens é outra funcionalidade. Os veículos também poderão comunicar com a “infra-estrutura rodoviária”, através de sinais colocados em pilastras ou em pontes para receber e dar informação, permitindo adequar a rede semafórica ao fluxo de trânsito que se aproxima e avisando os condutores quando há engarrafamentos. Como se vê, só “vantagens”, se não nos preocuparmos com o facto de a nossa vida passar a ser completamente devassada, quando os governos decidirem utilizar todas as potencialidades do sistema para uma vigilância total dos cidadãos, permitindo saber quem foi onde e que eventuais infracções cometeu, através do roteador, do telemóvel e do uso dos cartões de débito e crédito. É que a Comissão Europeia já pediu aos governos para reservarem a rádio frequência na banda 5.9 Gigahertz para o “sistema” de rastreio automóvel. Para saber “tudo” sobre o próximo Big Brother is watching you pode ler este artigo do Guardian.

1 comentário:

Haddammann Verão disse...

Passe-nos Sua (consciência) Vida, Entregue-nos (o controle de) seu dinheiro.

Instados a todo momento pela rebeldia social em iminência de transformação, em abandono dum “formato” arcaico, nocivo, os reinadores do Sistema (repetidamente destruidor, como toda a história humana comprova) se viram ante a INUTILIDADE de suas fantasias inventadas, que foram impostas forçosamente até nós (desde que o ser humano depois de instituir-se em polis implantou o vírus da mentira, logo que o método de troca genuinamente mérito-capitalista moldou por comodidade a moeda, o dinheiro), desde que calcaram as mordomias e parasitismo por séculos, com insanas guerras, por gana em submissão psicológica e gana em nosso dinheiro (em nossos méritos).

Quando a claridade campeã da civilidade humana despontou irrompendo vividamente nos anos 80, os parasitas de nossa espécie saíram de suas tocas enrustidas disseminando uma nova cruzada de mentiras, assassinatos, e perseguições, insuflando insanas violências, separando pessoas de seus afetos, e amizades genuínas; disseminando o ódio social, e fazendo-se “importantes” com seus fajutos arremedos plagiados de “pop-stars”.

Os canalhas e seus asseclas postados em cargos usurpados dependurando-se em interesses e favores viscosos como o silvo peguento de suas línguas podres, dissimuladas, e aduladoras tomaram à sorrelfa a Sociedade, e distraíram-nos, disfarçando o Terror que nos impunham com um mêdo inventado por eles mesmos para nos ludibriarem com o volume verminoso do coacervado de “marrentos” e “nojentos” que espalharam por nossas cidades (que misturaram em nossos esportes, enfiaram em nossas escolas, acabaram com nossos clubes, mancharam nossas músicas, amordaçaram nossa imprensa) para nos vigiarem, cercando-nos em uma imensa senzala-mista.

Usaram todos os impensáveis subterfúgios e canais para nos submeter à escravidão social em mega escala, e com o “formato” de “protetores” de famílias fizeram-nos endossar com nossos próprios pés e mãos suas poses de tuteladores de nossas vidas.

Como? Como fizeram isso?!

Pediam-nos a alma (significado conceitual primitivo desse termo: virgem ingenuidade), e viram que já não nos dispúnhamos mais a nos enganar por esse engodo; então, como aventurávamos rumo à nossa liberdade psicológica, impuseram o em(bush)te de vigiadores de nossa segurança, e prenderam, e tomaram não mais apenas nossas “almas” (nossa ingenuidade civil), mas nosso dinheiro na nossa cara, e “formataram” o cárcere mercantil. Tomaram-se de “donos” de nosso viver, de nossas alegrias, de nossa liberdade, de nossos sentimentos, de nossos conceitos, de nossos princípios, destroçaram nossos escrúpulos (com todas as armas que puderam dispor), disseram-nos por fim, sem a mínima cerimônia, deslavadamente, na nossa face lívida e estupefacta: “Entregue-nos sua consciência, passe-nos seu dinheiro”.

Tomaram à força nossa livre mentalidade; e disseram: “É nosso tudo que produzem, é nosso o seu dinheiro, suas competências e seus valores).

Nesse instantezinho se mostra o último estertor da avidez dos canalhas; não se dão conta do verdadeiro poder civil de nossa civilização; que nunca submeteu seu valor a nenhuma sordidez insana de nenhuma confraria, por mais soberba, “tremenda”, “abençoada”, “gamada”, “santificada”, covarde que fosse.

A plena sabedoria pondera ... mais que um Exército, a consonância com a Natureza é suficiente para deflagar o insubmetível brio civil, e irromper sobre tudo isso ... o brio humano está tinindo em defesa da preservação da Vida e da Terra.

É hora do DESENLACE.

Haddammann Veron Sinn-Klyss