sexta-feira, janeiro 02, 2009

Verticalidade Sempre que me é possível oiço o concerto de Ano Nova da Orquestra Filarmónica de Viena que constitui, já, um acontecimento de nível mundial. Com efeito, apesar do adivinhado cheiro a naftalina das vestimentas da assistência, muita dela provavelmente analfabeta musical, e da frequente repetição de algumas das peças tocadas, a sua beleza e o virtuosismo dos músicos são dignos de uma audição atenta. O deste ano teve um sabor particular de esperança, por ter sido dirigido por Daniel Barenboïm, precisamente quando decorre mais um massacre em Gaza. Para além de renomado maestro, Daniel Barenboïm é um autêntico cidadão do mundo e um exemplo da luta pela paz. Nascido na Argentina, de origem judaica e ascendência russa, para além da cidadania argentina adquiriu as cidadanias israelita e espanhola e, em Janeiro de 2008, tornou-se, também, cidadão palestino. Vale a pena perceber as razões porque tomou esta última decisão, na entrevista dada ao jornal francês Nouvel Observateur , também disponível numa tradução para castelhano.

Imagem : AP Photo/Lilli Strauss

2 comentários:

jrd disse...

Excelente e oportuno poste.
As armas não são solução, a música sim!

Anónimo disse...

Faço como o Lino e ouço sempre o concerto de ano novo. E concordo com Baremboim.