Verticalidade
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Sempre que me é possível oiço o concerto de Ano Nova da Orquestra Filarmónica de Viena que constitui, já, um acontecimento de nível mundial. Com efeito, apesar do adivinhado cheiro a naftalina das vestimentas da assistência, muita dela provavelmente analfabeta musical, e da frequente repetição de algumas das peças tocadas, a sua beleza e o virtuosismo dos músicos são dignos de uma audição atenta.
O deste ano teve um sabor particular de esperança, por ter sido dirigido por
Daniel Barenboïm, precisamente quando decorre mais um massacre em Gaza.
Para além de renomado maestro,
Daniel Barenboïm é um autêntico cidadão do mundo e um
exemplo da luta pela paz.
Nascido na Argentina, de origem judaica e ascendência russa, para além da cidadania argentina adquiriu as cidadanias israelita e espanhola e, em Janeiro de 2008, tornou-se, também,
cidadão palestino. Vale a pena perceber as razões porque tomou esta última decisão, na
entrevista dada ao jornal francês Nouvel Observateur , também disponível numa
tradução para castelhano.
Imagem : AP Photo/Lilli Strauss
2 comentários:
Excelente e oportuno poste.
As armas não são solução, a música sim!
Faço como o Lino e ouço sempre o concerto de ano novo. E concordo com Baremboim.
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