sábado, maio 03, 2008

O embaixador Amanhã, dia 4, haverá um referendo racista e ilegal na Bolívia, destinado a declarar a autonomia da região de Santa Cruz e anexos, referendo esse desenhado pelos oposicionistas ao presidente eleito, Evo Morales, com o apoio descarado do embaixador dos Estados Unidos, Philip Goldberg, e dos respectivos dólares de “ajuda humanitária”. Parece que os senhores da riqueza que, há vários séculos, vem sendo roubada aos nativos, não querem ser governados “por um índio ignorante”. É uma situação potencialmente explosiva e susceptível de afogar num banho de sangue parte da Bolívia e dos países vizinhos, mas não há grandes surpresas, dado que o Sr. Goldberg foi, desde o brutal bombardeamento da Sérvia, em 1999, o homem de mão dos Estados Unidos no Kosovo, onde mexeu os necessários cordelinhos para que aquela província sérvia referendasse e declarasse unilateralmente a sua independência. Com o Sr. Jardim a lutar pelo lugar de primeiro ministro cá do burgo, após a Bolívia deverá ser a vez de Portugal acolher o Sr. Goldberg. Depois, é só os “jardinistas” decidirem um referendo unilateral na Madeira, com vista à independência da Ilha, que terá o Sr. Jardim como imperador vitalício, com domínio férreo sobre Porto Santo, Selvagens e Desertas. Mas o futuro presidente dos Estados Unidos terá de ser célere a nomear o novo embaixador porque, mesmo na hipótese burlesca de o Sr. Jardim vir a ser o “primeiro” do rectângulo, terá muito pouco tempo para organizar o tal referendo antes da sua fatal queda. Consta que os serviços de informação da república já detectaram algum mal estar entre a fauna autóctone das Selvagens e das Desertas, que afirma em coro ser laica, republicana e socialista e ter os mesmo direitos das Berlengas, dos Farilhões e das Ilhas do Pessegueiro e da Armona.

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