sábado, setembro 08, 2007

Reflexão Há certas almas como as borboletas, cuja fragilidade de asas não resiste ao mais leve contato, que deixam ficar pedaços pelos dedos que as tocam. Em seu voo de ideal, deslumbram olhos, atraem as vistas: perseguem-nas, alcançam-nas, detêm-nas, mas, quase sempre, por saciedade ou piedade, libertam-nas outra vez. Elas, porém, não voam como dantes, ficam vazias de si mesmas, cheias de desalento... Almas e borboletas, não fosse a tentação das cousas rasas; - o amor de néctar, - o néctar do amor, e pairaríamos nos cimos seduzindo do alto, admirando de longe!... Gilka Machado (in Sublimação, 1928)

1 comentário:

Estrela da Liberdade disse...

Porra já me sinto uma borboleta :(
Fica bem,
Jean