quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Esse homem vai sozinho

Esse homem que vai sozinho
    Por estas praças, por estas ruas,
    Tem consigo um segredo enorme,
         É um homem.
    Essa mulher igual às outras,
    Por estas ruas, por estas praças,  
    Traz uma surpresa cruel,
          É uma mulher.

    A mulher encontra o homem,
    Fazem ar de riso, e trocam de mão,
    A surpresa e o segredo aumentam
        Violentos.

    Mas a sombra do insofrido
    Guarda o mistério na escuridão.
    A morte ronda com sua foice.
        Em verdade, é noite.


(poeta paulista falecido a 25 de Fevereiro de 1945)

1 comentário:

jrd disse...

O último encontro.

Abraço