Peço a Paz
Peço a paz
e o silêncio
A paz dos
frutos
e a música
de suas
sementes
abertas ao
vento
Peço a paz
e meus
pulsos traçam na chuva
um rosto e
um pão
Peço a paz
silenciosamente
a paz a
madrugada em cada ovo aberto
aos passos
leves da morte
A paz peço
a paz apenas
o repouso da
luta no barro das mãos
uma língua
sensível ao sabor do vinho
a paz clara
a paz
quotidiana
dos actos
que nos cobrem
de lama e
sol
Peço a paz e
o
silêncio
(poeta
louletano que hoje faz 77 anos)
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