POEMA
SONHADO
Se não for
pela poesia, como crer na eternidade?
Os ossos da
noite doem nos mortos.
A chuva
molha cidades que não existem.
O silêncio
punge em cada ser acordado pelos cães invisíveis do assombro.
Os ossos da
noite doem nos vivos.
A escuridão
lateja como um seio.
E uma voz
(de onde vem?) repete incessante, incessantemente:
Se não for
pela poesia, como crer na eternidade?
(poeta
mineiro nascido faz hoje 96 anos)
1 comentário:
Não conheço nada de Alphonsus, gostei imenso do que aqui li.
Obrigado lino pela partilha.
Como publiquei estou voltando devagarinho.
beijinho e uma flor
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