Pela noite
Pela noite
concedias-me o favor,
Abriam-se as
portas do altar
E a nossa
nudez iluminava o escuro
À medida que
genuflectia. E ao acordar
Eu diria
“abençoada sejas!”
Sabendo como
pretensiosa era a bênção:
Dormias, os
lilases tombavam da mesa
Para
tocar-te as pálpebras num universo de azul,
E tu
recebias esse sinal sobre as pálpebras
Imóveis, e
imóvel estava a tua mão quente.
(poeta russo
nascido a 24 de Junho de 1907)
1 comentário:
Um belo preâmbulo que adivinha o desfecho.
Abraço
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