os fogos da
fala
a fala
aflora à flor da boca
às vezes
como fogos de artifício
fulguração
contra os terrores do silêncio
só espada
espavento espelho
ou pedra
ficção arremessada
ou canção
para cantar as graças
as virilhas
as maravilhas da amada
a deusa
idolatrada do amor:
essa outra
voz quase jazz
que subjaz
ventríloqua de si mesma
(poeta
mineiro que hoje faz 62 anos)
1 comentário:
Da fala que fala e canta.
Abraço
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