segunda-feira, abril 02, 2012

RIVUS 

A água mede o tempo em reflexos vítreos. Mudez
de clepsidras, no sobrecéu ascendem (como anjos suspensos
numa casa barroca), e em presença de ausências o tempo
se distende. Uns seios de perfil, sono embalando
a rede, campânula encurvada pelas águas da chuva.  

No horizonte invisível, dobras de anamorfoses;
sombras que se insinuam, a matéria mental.

Josely Vianna Baptista

(poetisa curitibana)

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