quinta-feira, abril 19, 2012

O Último Poema

Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação


(Manuel Bandeira nasceu faz hoje 126 anos)

2 comentários:

jrd disse...

Um poema assim pedia outro e outro e ainda outro. Não podia ser o último...

Abraço

Manuel Veiga disse...

na pureza dos diamantes mais límpidos...

abraço