domingo, abril 15, 2012

PARAGEM

Com os meus bois.
Os meus bois que mugem e comem o chão,
Os meus bois parados,
De olhos parados,
Chorando,
Olhando...
O boi da minha solidão,
O boi da minha tristeza,
O boi do meu cansaço,
O boi da minha humilhação.

E esta calma, esta canga, esta obediência.


(poeta paulista falecido faz hoje 21 anos)

1 comentário:

jrd disse...

A mansidão dos bois. Até um dia!

abraço