How many times must a man look up, Before he can see the sky? How many ears must one man have, Before he can hear people cry? The answer, my friend, is blowin' in the wind. The answer is blowin' in the wind.
domingo, fevereiro 08, 2009
Prioridades
Na Televisão Pública, o jornal das 13H00 começou com futebol, 16 minutos de futebol, logo no início. Foram 9 minutos para o Porto - Benfica, com directos e entrevistas a treinadores, jornalistas e outros “especialistas”, seguidos de mais 3 minutos para Sporting – Braga e, ainda, mais 4 minutos para outras insignificâncias.
Eu até gosto de ver um bom jogo de futebol, mas o que é demais, enoja.
Há fogos incontroláveis na Austrália, com temperaturas a atingirem 48 graus numa das principais cidade e mais de 700 casas ardidas e 84 mortos nos seus arredores? Tomem lá futebol!
Há milhares de jovens a beberem “shots” em excesso e a porem em causa todo o futuro de um país? A bola é que está a dar!
Cai um avião na Amazónia e morrem algumas dezenas de pessoas? O Quique Flores repreende o Reyes publicamente e isso não se faz!
Houve uma manifestação em Badajoz contra a instalação de uma refinaria que vai pôr em causa parte da agricultura da Estremadura e da Andaluzia e reduzir a escombros os projectos para o maior lago artificial da Europa? O Cristian Rodrigues marca golos do caraças!
O Amorim quer despedir mais de 200 trabalhadores? O Porto joga sempre à zona e não vai alterar o tipo de jogo por causa do Swazo!
Uma empresa portuguesa criou um novo tipo de tecido que é quente quando faz frio e é frio quando está calor? O Liedson não joga!
Há 5 minhotas que todos os dias atravessam a fronteira para desempenharem cargos de chefia numa grande empresa galega? Sai uma entrevista ao Maniche!
A Administração da RTP e a Direcção de Programas não batem bem da bola e não fazem a mínima ideia do que deve ser um serviço público? Dêem-lhes mais bola e o Tony Carreia, que eles ficam extasiados!
E assim se acabou uma hora de pretenso serviço público que terá custada um balúrdio aos contribuintes? Chamem a polícia, gaita!
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