quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Para poder morrer Para poder morrer Guardo insultos e agulhas Entre as sedas do luto. Para poder morrer Desarmo as armadilhas Me estendo entre as paredes Derruídas. Para poder morrer Visto as cambraias E apascento os olhos Para novas vidas. Para poder morrer apetecida Me cubro de promessas Da memória. Porque assim é preciso Para que tu vivas. Hilda Hilst* *poetisa brasileira falecida há 5 anos

1 comentário:

Anónimo disse...

Este poema é muito triste.