quarta-feira, agosto 06, 2008

A Rosa de Hiroshima
Foi há 63 anos, mas é imperioso não esquecer, por maioria de razão quando se fala de forma demente num novo holocausto nuclear que vitimaria dezenas de milhões de pessoas.
Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas, oh, não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada Vinícius de Moraes

1 comentário:

jrd disse...

É preciso continuar a dizer: "Hiroshima mon amour"