sábado, agosto 23, 2008

Noite As casas fecham as pálpebras das janelas e dormem. Todos os rumores são postos em surdina, todas as luzes se apagam. Há um grande aparato de câmara funerária na paisagem do mundo. Os homens ficam rígidos, tomam a posição horizontal e ensaiam o próprio cadáver. Cada leito é a maquete de um túmulo. Cada sono em ensaio de morte. No cemitério da treva tudo morre provisoriamente. Menotti Del Picchia* *poeta ítalo-brasileiro

2 comentários:

jrd disse...

Há quem diga que o sono é a ante-câmara da morte

f@ disse...

Gosto da noite... e gostei imenso deste poema...
ando a treinar mto pouco eu...nem sei se isso não será mau... ainda vou estranhar quando chegar a hora...
beijinhos das nuvens