quarta-feira, novembro 07, 2007

Metamorfose Súbito pássaro dentro dos muros caído, pálido barco na onda serena chegado. Noite sem braços! Cálido sangue corrido. E imensamente o navegante mudado. Seus olhos densos apenas sabem ter sido. Seu lábio leva um outro nome mandado. súbito pássaro por altas nuvens bebido. Pálido barco nas flores quietas quebrado. Nunca, jamais e para sempre perdido o eco do corpo no próprio vento pregado. Cecília Meireles* *poetisa carioca

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