quinta-feira, março 20, 2014

POEMAS DO VENTO

Gastar-se no tempo
diluir-se no vento
evolar-se no sonho
deixando
- haverá quem o colha? -
um resíduo...

               Memória.

Levarei por onde ande
uma inquietação mais nada
impulso vital que extingo
dentro de um pouco de lama.

Tal que o vento que baila
fazendo seu corpo efêmero
com a poeira das estradas...


(poeta paulista nascido a 20 de Março de 1892)

1 comentário:

jrd disse...

O veto por vezes varre tudo, até o poema.

Abraço