O meu
retrato
Sou magro,
sou comprido, sou bizarro,
Tendo muito
de orgulho e de altivez.
Trago a
pender dos lábios um cigarro,
Misto de
fumo turco e fumo inglês.
Tenho a cara
raspada e cor de barro.
Sou talvez
meio excêntrico, talvez.
De quando em
quando da memória varro
A saudade de
alguém que assim me fez.
Amo os cães,
amo os pássaros e as flores.
Cultivo a
tradição da minha raça
Golpeada de
aventuras e de amores.
E assim
vivo, desatinado e a esmo.
As poucas
sensações da vida escassa
São
sensações que nascem de mim mesmo.
(poeta
pernambucano nascido faz hoje 125 anos)
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