segunda-feira, dezembro 01, 2008

Caos Urbano Sirenes alucinantes Luzes no asfalto molhado Gado humano caminhando Para o abate diário Reféns do próprio ego Proclamam-se reis, Monarcas de sua estupidez. Pregações e pregões Vendem tudo...liquidação O paraíso em três vezes Sem juros, juro por Deus Corremos em círculo Fugindo da sombra Medo, pânico, muito pânico Muito pano para a manga Soldados desfilam Sobre os cadáveres Dos que lutam pela vida Acuados nos becos, nas marquises, Nas pontes, nos túneis. Chaminés, escapamentos, fossas nasais De todos os buracos brotam fumaça Fome, muita fome de tudo As pessoas fogem aos olhares E são muitos os olhos O anti-sonho psicodélico Cristalizado em concreto Campo de batalha, caos urbano. Carlos Carvalho Cavalheiro* *poeta paulista