sexta-feira, janeiro 31, 2014

Cais

Ténue é o cais
no Inverno frio.
Ténue é o voo
do pássaro cinzento.
Ténue é o sono
que adormece o navio.
No vago cais
do balouço da bruma
ténue é a estrela
que um peixe morde.
Ténue é o porto
nos olhos do casario.
Mas o que em fora nos dilui
faz-nos exactos por dentro.


(Fernando Namora faleceu faz hoje 25 anos)

1 comentário:

jrd disse...

À beira d'água ficamos sólidos.

Abraço