A Nau do Tempo
Esconjuro o
feitiço do retorno
e sigo nos
meus passos, os meus passos,
alheio aos
gritos das marés.
Ainda, nos
sinais de toda a praia,
um pedaço de
luz que lá ficou
retido numa
poça de silêncio...
As raivas
apodrecem pelas sombras
e as
palavras caem absurdas
nas barcas
que perderam o futuro.
As rochas
são fantasmas na penumbra
que a
madrugada vem despir dos medos
a deixar-nos
seguir mais adiante,
como se a
«Nau-do-Tempo» lá ficasse
para
podermos aumentar o Mundo!
(poeta matosinhense
falecido faz hoje 6 anos)
1 comentário:
A nau do tempo "parou"...
abraço
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