Apelos
(a Paulo
Dantas e Gilberto de Hazaña de Godoy)
Pelos varais
premidos da favela,
retalhos
multicores da penúria
tremulam
apontando para a incúria
da farta
sociedade paralela.
Poderes
insensíveis à lamúria
amargam os
efeitos da sequela:
fechando
porta e sem abrir janela
são vítimas
também da imensa fúria.
Esse
contraste traz desequilíbrio
na luta
desigual entre o ludíbrio
e a dura
realidade da carência.
E nos varais
as roupas tremulando
são mãos
desidratadas apelando
na busca de
conter a violência.
(poeta
paraibano que hoje faz 77 anos)
1 comentário:
Apreciei este poema, mas Quintana é sempre Quintana...
Abraço, amigo
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