domingo, setembro 04, 2011

Guio-me

Guio-me
Por teus olhos abertos
Sobre a trémula e ardente
Superfície das lágrimas.

De tantas coisas
É feito o Mundo!

Entre escombros, espigas, dias e noites
Procuram os homens ansiosamente
O ramo de louro.

Quando, fatigados,
Próximos estão do limiar, do pórtico,
Os homens deixam, à entrada,
Suas mais queridas coisas.

E ei-los que apenas se incomodam,
E se interrogam,
Sobre o modo mais simples
De se despir e adormecer.


(poeta alvitense nascido 4 a de Setembro de 1920)

2 comentários:

São disse...

Mas onde descobre estes poetas? O meu abraço agrdecido.

jrd disse...

Um grande poeta!