quarta-feira, junho 23, 2010

Melancolia

Quem
(diante do sol e dos luares,
do olho no olho do mar e do infinito,
dos equinócios, das guerras
dos decretos,
da floração noturna das estrelas,
das epopéias do progresso, das quimeras
que ardem na lareira do desejo,
da súbita epifania da encantaria
submersa na linguagem-rio)
quem há de perceber em mim
(grão de poeira
na infinitamente azul ampulheta de Deus)
este botão de amor tombando no poema
depois que o abandonaste no meu peito!

2 comentários:

Manuel Veiga disse...

"botão de amor tombando no poema" - invejável verso. num belo poema...

abraços

mdsol disse...

Quem?

:))