10 de Junho  
Olhos e carne a beber o verde-rubro 
bandeira escancarada à emoção. 
Vinho 
(será ele o luso símbolo 
ou o sangue que ferve e incendeia 
este pendão?). 
Saudade 
mordendo feito bicho 
feito tempo, feito chama.
Orgulho 
raça amálgama de raças 
cravos de abril rasgando a história 
língua pátria outra para milhões
Camões 
nem é preciso que o digas 
nem compêndios, calendários ou cantigas 
apenas o sangue a rugir em campanário 
rubro lembrete 
mais do que nunca hoje é dia 
de sentir-se português. 
Dalila Teles Veras*
*poetisa madeirense residente em São Paulo 
 
 
2 comentários:
Lindo! E, sobretudo, longe da verborreia de Faro
Hoje - porquê hoje?
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