Discurso da ira 
Os pobres estão se evaporando 
à vista de todos. 
O tempo vai passando 
os pobres vão se decompondo 
seus rostos são apagados pelo vento 
e da memória dos computadores 
até que ninguém se lembre 
mais de suas caveiras sorridentes 
afugentando os parasitas dos burocratas 
nas repartições públicas. 
Os pobres estão sumindo 
aos olhos de todos. 
O tempo os vai tornando 
cada vez mais parecidos com a morte. 
Enquanto isso, os poderosos 
sacodem suas nádegas fotogênicas 
fazem belos discursos para a distinta platéia 
e afagam avidamente as orquídeas.
Francisco Carvalho*
*poeta cearense
 
 
1 comentário:
sera que ainda temos a revolta dentro de nos, ou sera que preferimos faze-la no conforto inutil deo facebook.
Beijos
Paula
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