domingo, junho 08, 2008

Um só Zé Ana foi ser chefe de serviços gerais num centro social de São Paulo e queria conhecer melhor todos os funcionários. Antes de conversar com cada um, para dizer o que pretendia fazer e o que esperava dos subordinados, pediu as fichas dos trabalhadores de sua área, no Departamento de Pessoal. Queria saber tudo sobre eles, desde as mulheres que serviam café até o chefe da segurança. Quando pegou as fichas dos dois porteiros, achou muito esquisito: um chamava-se José de Souza e o outro José de Souza Irmão. Olhou de novo para ver se não estava tendo alguma alucinação. E não estava. Ambos nasceram na mesma cidade baiana, o pai era o mesmo, a mãe também... Ficou muito curiosa, chamou os dois à sua sala. Primeiro foi o José de Souza, enquanto o José de Souza Irmão ficava cuidando da portaria, que não podia ficar desguardada. Logo que ele entrou, ela foi falando: - Ô, rapaz, mas o seu pai não tinha imaginação, hem? Tem tanto nome no mundo, um de vocês podia se chamar João, Antônio, Joaquim, Severino, Jorge ou qualquer outra coisa, mas ele pôs nos dois filhos o nome de Zé... - Não, dona, Zé sou só eu. O meu irmão é Zeca. Mouzar Benedito (in “Memória vagabunda”, editora Publisher Brasil) Retirado daqui

3 comentários:

jrd disse...

Simplesmente genial!

éme. disse...

Simplesmente simples!
É fantástico!

lino disse...

O Mouzar tem coisas do arco-da-velha!