terça-feira, junho 10, 2008

Alegres campos, verdes arvoredos Alegres campos, verdes arvoredos, Claras e frescas águas de cristal, Que em vós os debuxais ao natural, Discorrendo da altura dos rochedos; Silvestres montes, ásperos penedos, Compostos em concerto desigual, Sabei que, sem licença de meu mal, Já não podeis fazer meus olhos ledos. E, pois me já não vedes como vistes, Não me alegrem verduras deleitosas, Nem águas que correndo alegres vêm. Semearei em vós lembranças tristes, Regando-vos com lágrimas saudosas, E nascerão saudades de meu bem. Luís Vaz de Camões

1 comentário:

f@ disse...

Belissimo soneto para o dia de hoje...
Como a beleza dos nossos sentimento transparece aos olhos ... tb a natureza é infinitas vezes o espelho das emoções e dos sentimentos ....
esperança e saudade sempre o amor... beijinhos das nuvens