quinta-feira, outubro 30, 2014

Elogio da Desconhecida

Ela. Seus braços vencidos,
Naus em procura do mar,
Caminhos brancos, compridos,
Que conduzem ao luar.

Se ao meu pescoço os enrola
Eu julgo, com alegria,
Que trago ao pescoço o dia
Como se fosse uma gola.

O Luar, lâmpada acesa
Pra alumiar à princesa
Que em meus olhos causa alarde.

E o dia, longe, esquecido,
É um lençol estendido
Numa janela da Tarde.


(poeta português nascido faz hoje 123 anos)

1 comentário:

jrd disse...

Um belo poema que mostra que a ternura não tem idade.

Abraço