quinta-feira, outubro 02, 2014

Mu

É quando o céu se distrai
E, admirado, fixa o olhar
Em algo ainda por cair.
Prata fictícia, ornamento da mente,

A neve visível e real. Sábia,
Por se saber assim.

Então a memória, ignorante, captura
O que o sentido perdera.

Como um vazio que contempla
sua própria rachadura.


(poeta paranaense que hoje faz 49 anos)

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