Zelos
De leve,
beijo as suas mãos pequenas,
alvas, de
neve, e, logo, um doce, um breve,
fino rubor
lhe tinge a face, apenas
de leve
beijo as suas mãos de neve.
Ela vive
entre lírios e açucenas,
e o vento a
beija, e, como o vento, deve
ser o meu
beijo em suas mãos serenas,
- Tão leve o
beijo, como o vento é leve.. .
Que essa
divina flor, que é tão suave,
ama o que é
leve, como um leve adejo
de vento ou
como um garganteio de ave,
e já me
basta, para meu tormento,
saber que o
vento a beija, e que o meu beijo
nunca será
tão leve como o vento.. .
(poeta
gaúcho nascido a 24 de Abril de 1870)
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