TROTTOIR
Os homens
vão e vêm na íris das putas
E nenhum
pára.
Nenhum ouve
suas vozes dissolutas
Nem as
encara.
São inúteis
as frases mais argutas
Ou sobre a
cara
A tinta, o
pó. E a vida, quantas lutas,
Como está
cara!
Ao longe os
filhos, os filhos das putas
Com ladrões,
ou pinguços, ou recrutas,
Na noite
avara
Dormem
cingindo palhaços birutas,
Bonecas
louras relesmente hirsutas
Que a lua
aclara.
(poeta
carioca que hoje faz 51 anos)
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