segunda-feira, agosto 13, 2012

Somos todos poetas

Assisto em mim a um desdobrar de planos.
as mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move,
A luz desce das origens através dos tempos
E caminha desde já
Na frente dos meus sucessores.
Companheiro,
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um,
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego,
Pelos gritos isolados que não entraram no coro.
Sou responsável pelas auroras que não se levantam
E pela angústia que cresce dia a dia.


(poeta mineiro falecido em Lisboa faz hoje 37 anos)

1 comentário:

Flor de Jasmim disse...

Li algumas coisas de Murilos, não que eu tenha, mas uma amiga minha.
Boa semana meu amigo

Beijinhoe uma flor