As pontes
Doce luz de
azulejo em claro céu
entre marés,
luares e telhados,
eras, minha
São Luís, estranho pássaro,
com as asas
amarradas pelas cordas
de movediça
prata dos teus rios.
Veio o gume
das pontes e as cortou.
E as asas
livres se abrem pela terra
num
espreguiçamento de alvorada.
Erguem-se
voando baixo sobre os mangues.
São garças?
São guarás? Manchas no Sol.
Levam às
praias a memente rara
de sobrados,
mirantes e varandas.
O braço do
homem luta contra o pântano
e arranca o
chão dos bichos e da lama
para
estender ao sol, sobre as areias
antes do
passo humano mal trilhadas,
doce luz de
azulejo em claro céu.
(escritor
maranhense falecido faz hoje 33 anos)
Sem comentários:
Enviar um comentário