Tristezas
Mortais
Fico-me às
vezes a cismar n'aquilo
Que era a
minha riqueza idolatrada;
O grande e
puro coração tranquilo
Da minha
amada.
Foi nesse
coração profundo e largo
E tenro como
os corações das flores,
Que eu,
louco, derramei o pranto amargo
Das minhas
dores.
Chorei-lhe
ondas de lágrimas no peito
Descrevendo-lhe
o horror do meu passado
E a sombria
paixão que me tem feito
Tão
desgraçado!
E aquele
coração tranquilo e doce
Foi-se
enchendo de mágoas, e afinal,
Porque era
um frágil coração… quebrou-se
Como um
cristal!
(poeta monsarense
nascido faz hoje 160 anos)
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