segunda-feira, novembro 21, 2011

Da moral

O medo como didática
para que a ave tema o voo,
mas vá tatear seu limite -
nuvem com o enjoo de
quem almeja alturas.
O medo como ginástica
e como toda, incômoda,
exigente em sua dor exata,
não como o bisturi da plástica
que faz da ruga seu remendo.
O medo de quem não mata,
e mesmo minúsculo vai sendo.

João Filho

(poeta baiano)

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