segunda-feira, fevereiro 18, 2008

A Caixa de Pandora Creio que não há volta a dar-lhe. Que a independência unilateral do Kosovo é um fracasso da ONU, da União Europeia e da NATO, como escreve hoje o catalão Eduard de Vilar i Permanyer, que foi cooperante nos Balcãs, parece fora de dúvida. Que é um grande salto no escuro, como notou no Guardian, no passado dia 14, Simon Tisdall, é incontestável. Que está uma guerra atrás da esquina, como, também hoje, refere Flávio Aguiar na sua coluna a partir de Berlim para Carta Maior, é mais do que provável. A partir de ontem, não há qualquer razão para não se reconhecer o pleno direito à independência do Curdistão (com meia dúzia de países envolvidos), do País Basco (englobando a parte francesa e a parte espanhola) da Catalunha, da Córsega e de muitas outras regiões que reclamam esse direito. A cegueira e o seguidismo da União Europeia e da ONU relativamente ao grande irmão do outro lado do Atlântico tem destas loucuras.

3 comentários:

Anónimo disse...

Realmente... parece-me um pouco triste que povos se apoderem de territorios, batam pé e depois? Depois a ONU e a UE concedem a independência ao territorio, sem as minimas condições!
De onde virá a água? e a electrecidade? La estará a Servia de NOVO a ser oprimida por uma guerra em que não foram os unicos culpados!
Viver 2 meses na Servia & Montenegro permitem perceber que a realidade que nos chega pelas televisões é quase tão filtarada como aquela que os Americanos têm acesso.... Mas felizmente ainda não chegamos ao nivel de desinformação que estes têm... Quando esse dia chegar (e a julgar pelo caminho, vai chegar) podemos então considerarmo-nos tão burros quanto os burros que criticamos!

jrd disse...

Na mouche.
A factura vai ser apresentada em breve e vamos ver quem é que a vai pagar. Nalguns casos, pelo atraso, os juros vão ser elevados.
Um aparte; não se arranja um caldinho para a Madeira?...

lino disse...

Muito bem dito, "martita".
Obrigado, "jrd". Eu não sei se o tal "caldinho" para a Madeira não viria mesmo a calhar. Pelo menos ficávamos livres do AJJ.