quarta-feira, fevereiro 17, 2016

Reencarnação

Quando, no eterno, fúnebre quadrante,
Meu momento final soar, cair;
Quando tu vieres, lacrimosa amante,
Todo de roxos lírios me cobrir;

Nesse supremo, nesse infindo instante,
A que constelações irei subir?
Em que estrela fantástica e radiante
Irei de novo ser e amar e rir?...

Que formas outras, nessas outras vidas,
Florindo sob estranhos firmamentos,
Irá o meu espírito sofrer?

Cansado das angústias doloridas
Da existência de agora - que tormentos
Irei de novo em outros mundos ter?


(poeta pernambucano nascido faz hoje 118 anos)

Sem comentários: