sexta-feira, maio 08, 2015

Vai ardendo a neve

Desaperto as grades
Com a mão segura
E liberto as aves.

Elas sobem tontas;
Rodopiam livres;
E, serenas, partem
Para além dos montes.

São apenas pombas,
Ou a profecia
De mudança breve?

Entretanto, espero;
E na tarde fria
Vai ardendo a neve.


(poeta flaviense nascido faz hoje 102 anos)

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