terça-feira, maio 05, 2015

Intermédio

Alguém que se ignora
Passeia a sua mágua
Lá pela noite fora.

Já sem saber se existe,
Entre silêncio e treva,
Nem alegre nem triste,

Alguém que a própria sorte
Enjeita, vai absorto
Num sonho que é a morte
E é vida - sendo morto.


(poeta aljustrelense nascido a 5 de Maio de 1923)

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