sábado, dezembro 06, 2014

Canta Camarada

Canta camarada
Deixa que o teu sonho verdade
Flua límpido nos anseios da tua voz quente
Pois este é o teu dever, o teu direito.

Canta camarada
Que a recordação da tua dor
Seja como a terra revolvida
Em cada época, para a sementeira.

Canta camarada
Apenas alguns nomes, para que seja exaltado o anónimo
Apenas os mortos, porque os vivos
Ainda podem desmerecer da nossa gratidão.

Canta camarada
Pois é a única benesse
Que te reservaste na oferta da tua juventude
Em Holocausto no altar da revolução.


(poeta guineense que hoje faria 65 anos)

1 comentário:

jrd disse...

Que a cantar ninguém te afronta.

Abraço