quarta-feira, novembro 13, 2013

Trago-te nos braços

Trago-te nos braços ao cair da tarde
quando a glicínia cheira na porta do meu corpo
tacteias a espaço a porta entreaberta
e reténs o grito na fogueira da boca
convulsionada e ágil te conduzo
na relva agora húmida e macia.
Fecho-me para crescer em ti
os dedos acordados e subtis

e é tudo água, vórtice, clarão.


(poetisa satense nascida faz hoje 76 anos)

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