Solidão
A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.
Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:
então, a solidão vai com os rios...
(poeta alemão nascido a 4 de Dezembro de 1875)
(tradução de Maria João Costa Pereira)
2 comentários:
Tanta a solidão de tantos que não estão sós.
A solidão já foi a minha única e fiel companhia que nunca me abandonou.
Beijo
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