O Adeus    
Vi-te montar em teu cavalo. 
A majestade, a beleza 
de cada montanha presa 
à correlação de um vale, 
de repente é insuportável! 
Vi-te atravessar a praça. 
A coroa de fumaça, 
diadema do diáfano, 
com certeza é sem retorno. 
Vi-te ao longe, só cabelos… 
Os translúcidos novelos 
das nuvens com a luz em torno 
são só brilho, são só água. 
Mas que fazer disso tudo? 
Vi-te ereto, ao longe: estudo
teu reflexo em cada lágrima, 
lâminas, golpes agudos.
(poeta brasileiro falecido a 27 de Junho de 2007)
 
 
3 comentários:
Belíssimo! (Mas que colecção...)
lindissimo
Bjinhos
Paula
Boa escolha
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