Paisagem por dentro
Abro os braços 
para a paisagem 
descortinada janela a fora, 
aos olhos que se arregalam. 
E o coração: 
- a vida é bela bebida aos poucos. 
O verde enverdece o sol, 
o amarelo traz fruta – esperança, 
a saudade em chuva e orvalho 
cai (dos tempos de criança). 
Bate-me por dentro, nas laterais: 
- as narinas sentem 
e os ouvidos ouvem 
o vento 
e seus mistérios e eflúvios, 
arrepiando a pele como tentáculos. 
A alma que voava 
me pousou 
na beira do sonho.
Francisco Miguel de Moura
(poeta piauiense)
 
 
1 comentário:
"A vida bebida aos poucos"
pois assim deve ser.
Abraços.
PAZ e LUZ
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