terça-feira, abril 26, 2011


Extravio

Devia a vida ser só isso,
O vinho, o pão, o som da chama.
Sapos no tanque. O olhar mortiço
Do mocho. O luar crivando a cama.

Mãos de mulher cerrando a fresta
Onde entra, como a morte, a bruma.
Mas nos perdemos na floresta
Onde não há árvore nenhuma.


(poeta carioca nascido a 26 de Abril de 1963)

4 comentários:

Barbara disse...

Floresta nada encantada, no caso.

Mar Arável disse...

Mãos de mulher

pois claro

Jorge Sader Filho disse...

E o amigo Lino continua postando os poetas brasileiros.
Não conheço este. Mas sua poesia é de qualidade superior.
Se eu fosse importante, amigo, faria um agradecimento ofial a vc pela divulgação de nossos poetas.
Faço aqui mesmo. Os autores brasileiros agradecem a Lino, Lisboa, Portugal, o tratamento dispensado.

Abraço,
Jorge

jrd disse...

Mas, se a Mulher protege.