Comendo uma Azeitona Grega
Deu nos jornais:
POETA ABRIU A BOCA
E BEBEU O MAR EGEU
Cavalheiro de barbas,
quarenta anos presumíveis,
mordia uma azeitona
das graúdas, grega,
quando foi acometido de sede ancestral.
Chamou Niarkos, o garção,
e antes que o desdito pudesse
esboçar qualquer defesa,
subiu à mesa e bebeu o mar
que o jovem atendente
trazia - sem o saber - no olhar.
(poeta carioca nascido a 6 de Março de 1936)
3 comentários:
lindo
Fiquei com fome
Bjinhos
Paula
ADMIRO a grande arte dos poetas;
Armados apenas com um punhado de palavras,
Conseguem sintetizar toda a estrutura,
Sensações e emoções
De uma grande narrativa.
Este é mais UM
Belisimo!
De como de uma azeitona pode sair um poema.
Abraço
Enviar um comentário